sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Em busca do ser-guerrilheiro



OctávioMeloDeAndrade

Que quer dizer ser um guerrilheiro? Não “o que”, mas “como é”, quer-se saber da experiência originária que é ser-guerrilheiro. Ser si-mesmo enquanto um projeto de guerrilha. O si-mesmo que escolhemos ser é o ato político primeiro. Há algo a ser silenciado. É preciso tornar-se fundamento negativo do que se é, ou seja, aceitar e decidir-se pelo não que impomos às centenas de eus que poderíamos ser.

O ser-guerrilheiro poderia ser não mais que um modo de dizer não. Um abster-se quase ascético de todo “eu” que implique conformação muito rígida. Talvez. O não do guerrilheiro não pode ser definitivo. Um novo aliado pode vir de qualquer lugar. Qualquer máscara pode servir. Este é seu modo peculiar de derrubar o regime das máscaras. Ele as mostra como descartáveis.

Prontidão e visão curta: concentração no que está aí. A oportunidade é rara, pois o sistema é poderoso.

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